Lendo o livro de Augusto Cury, Mestre dos Mestres, aprendi muitas lições com ele e uma delas , aconselha como passar as turbulências de nossa vida. Diz ele: “ Toda e qualquer pessoa passa por turbulência em sua vida. As dores geradas por problemas externos ou por fatores internos são fenômenos mais democráticos da existência. Um rei pode não ter problemas financeiros, mas tem problemas internos.”
As pessoas que passam pelas dores existenciais e as superam com dignidade ficam mais bonitas e interessantes interiormente. Quem passou pelo caos da depressão, da síndrome do pânico ou de outras doenças psíquicas e o superou, se tornou mais rico , belo e sábio. A sabedoria torna as pessoas mais atraentes, ainda que o tempo traga as rugas na pele, que é as marcas da velhice.
Uma pessoa que tem medo do medo, medo da sua depressão, das suas misérias psíquicas e sociais, tem menos equipamento intelectual para supera-las. O medo alimenta a dor. Aprende a enfrentar o medo, a atuar com segurança nos sofrimentos e a reciclar as causas que financiamos conflitos humanos, conduz a pessoa a reescrever sua história. Todos nós gostamos de viver as primaveras da vida, viver uma vida de prazer, com sentido, sem tédio, sem turbulência, onde os sonhos se tornem realidade e o sucesso bata as nossas portas.
Mas há um ser humano que não atravesse maus momentos na vida. São algumas perdas e frustrações que vivemos são imprescindíveis e inevitáveis. Ninguém consegue evitar todas as dores da existência? Quem nunca teve momentos de fragilidade e chorou lagrimas e se desesperou? Não tem como evitar todos os erros e fracassos. Muitos deles nos traz ensinamentos para melhor. O homem por mais prevenido que seja, não consegue controlar todas as desilusões da vida e evitar determinadas angustias.
Todos nos passamos por tensões. As preocupações existenciais, os desafios profissionais, os compromissos sociais e os problemas nas relações interpessoais que geram contínuos focos de tensão que por sua vez, geram stress e ansiedade. As tensões podem exercer um controle de ser livre, tanto na construção quanto no gerenciamento dos pensamentos.
As vezes a tensão é tão dramática que exerce uma verdadeira ditadura sobre a inteligência. Quem cuida apenas da estética do corpo e descuida do enriquecimento interior vive a pior solidão, a de ter abandonado a si mesmo em sua trajetória existencial. As pessoas que vivem preocupadas com cada grama de peso fazem de suas vidas uma fonte de ansiedade. Elas têm grande dificuldade de superar as contrariedades, as contradições e as tensões que surgem nas suas vidas. A ditadura de tensão torna o ser humano uma vitima de sua história, e não um agente construtor dela, escrevendo o se principais capítulos do seu livro de vida.
É fácil o homem ser vitima de sua própria história, pois ele é que é seu próprio autor. Muitas pessoas são marionetes das circunstância da vida, não conseguindo se direcionar e repensar sua história. As dores da vida vista em outra perspectiva, enfrentar as contrariedades sem desespero, não ter medo da frustração por qual passa. Muitos se decepcionam, se frustram na vida, mas ao reescrever sua história e corrigir sua rota de vida, chega a maturidade. Reconhece-se que a vida humana é sinuosa e possui turbulência inevitáveis, mas isso encoraja-nos a passar por ela com animo e determinação para supera-la. O que nos indica é que não devemos viver a vida de qualquer maneira, mas com consciência e com metas bem estabelecidas, como se fossemos um atleta.