quarta-feira, 4 de março de 2009

Encanto do Cerrado


Muitas espécies de flores do Cerrado, além da beleza exibem, escondem valores medicinais. As folhas e a cascas de alguns ipês, por exemplo são usadas no tratamento de amigdalite, estomatite, infecções renais, ulceras, varizes e certas doenças dos olhos. Porem, essa planta esta ameaçada de extinção predatória e indiscriminada, alerta a florista Clarice Valente.
As flores do Cerrado são fantásticas. Contudo, o ideal é apreciar sua beleza no local, sem agredir a natureza. O Cerrado oferece, também, a fruta de lobo, com propriedades diuréticas e calmantes. A guariroba, usada para combater diarréias, disenterias e leucorréia. A pata de vaca, medicamento popular para o tratamento da diabetes, entre outros. é preciso ter cuidado ao utilizar as plantas e flores com valores medicinais. O indicado é procurar um medico e utilizar as propriedades homeopáticas de determinadas plantas como complemento do tratamento. Alem disso, é recomendado que a pessoa tenha conhecimento prévio de cada uma delas, lembra Clarice.
De Mato Grosso ao Distrito Federal,destaque para os ipês que colorem o Cerrado e os arredores de Cuiabá e Brasília entre junho e setembro. A árvore da espécie é muito usada em projetos de paisagismo de casas e cidades. A flor do ipê é considerada símbolo nacional. Alem da beleza, possui uma madeira dura, resistente e de excelente durabilidade.
Outra flor muito presente no Cerrado é a pali-palam do Brejo. Devido à sua abundância na região, ela valor comercial muito grande, sendo muito utilizada nos arranjos de flores desidratadas. O chuveirinho também possui o mesmo potencial. Porém, a espécie floresce em forma de buquês.
O escritor mato-grossense Luís Gonçalves, “durante a noite o ipê solitário chora suas prosas que formam um belo tapete em seus pés. Nem mesmo a noite misteriosa do campo consegue roubar a magia dos ipês. Pela madrugada a luz se acende e o grande ator do Cerrado brilha soberbo no palco do Chapadão se o mundo fosse acabar em simples primavera florida.”
Também os olhos do fotógrafo Weislaw Jan Syposz, que trocou a Polônia por Cuiabá mas se apaixonou logo pela Chapada dos Guimarães e pelo Pantanal. Nem precisa dizer que as flores se fizeram de cupido num casamento que já dura mais de 20 anos. Foi nesse exercício pela fotografia que nasceu o livro Chapada dos Guimarães – Jardim do Cerrado, onde retrata com detalhes frutos, sementes, beija-flores, libélulas, paisagens, cachoeiras, borboletas e outra belezas naturais de Chapada dos Guimarães.
Quando vim conhecer Mato Grosso, a minha viagem foi de ônibus, vou contar para vocês, foi uma aventura. Quando cheguei no Triangulo Mineiro, senti uma sensação grande ao ver o encontro dos três Estados, Minas , São Paulo e Mato Grosso do Sul. Hei mundão, sempre gostei de aventura. Conhecer lugares. A travessia do Rio Grande de balsa, foi uma aventura inesquecível, de ver aquele mundaréu de água doce. Desci do ônibus e sentei num banco na beirada da balsa admirado aquela beleza comendo pão de queijo. Quando chegue em Cuiabá, não acreditava que grande caminho havia percorrido. Fui no orelhão da Rodoviária e ligue para minha tia em São Paulo, dizendo que estava em Cuiabá. Meus olhos encheram de lágrimas de emoção. Já havia percorrido mais de 2.750 km, meu destino era Barra do Bugres. Eu também sou apaixonada pelo Mato Grosso e suas maravilhas, porque aqui eu comparo todas essas belezas com o Jardim do Éden.

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