quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

As Mãos


Há muito tempo atrás, existia uma menina muito linda, saudável, amável , não havia ninguém que não gostasse dela, que tinha oito anos. Ela ficava constrangida sempre que haviam com a sua mãe. A mãe da menina era cheia de cicatrizes no corpo e no rosto, as mãos da senhora era ainda mais horrorosas, tão vermelhas e constantemente ficavam em carne viva, tinha ainda deformações horríveis.
A menina detestava ficar com a mãe em publico, não entendia porque ela era assim e, constrangia-se com sua presença na escola, nas festinhas a qual era convidada. Um dia cansada de ser ridicularizada pelos colegas, ouvir comentários de pena dos professores, a menina chamou a mãe e, lhe perguntou:-Mãe não ha nada que você possa fazer com relação a seu corpo e, principalmente as suas mãos?
-Não minha filha. Respondeu ela
-Mas porque? Porque os médicos disseram que era irreversível.
-Porque você ficou assim mãe? Porque você não é igual as mães das minhas coleginhas, que são lindas , possuem mãos mais belas ainda?
Há sete anos atrás, eu estava tomando banho e, a minha empregada deixou uma vela acesa perto da cortina, a cortina pegou fogo em contato com a vela. Quando sai do banho fiquei desesperada pois bem próximo da cortina estava o berço da minha filha. Desesperada vendo o fogo se alastrar, eu puxei a cortina com minhas mão e, sem querer a cortina enrolou no meu corpo com fogo alto e, a empregada trouxe a tempo um balde de água , por isso me salvei a tempo, mas as cicatrizes se tornaram irreversíveis. Não me arrependo. A feiúra das minhas mãos foi um preço pequeno a pagar pela vida da minha filha.
A menina chorou, se abraçou a mãe pedindo perdão e daquele momento em diante, nunca mais se envergonhou dela e, todos os dias agradeceu.
Muitas vezes não compreendemos as marcas dos sofrimentos deste mundo, ou das pessoas que nos rodeiam, mas elas são necessárias, para livrarmos das lutas que tivermos que enfrentar. Observem as chagas de Cristo, são as provas de uma grande vitória em cada um de nós.

(Autor- desconhecido)

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